A “AgroDouro” AAFDREDM - Associação Agro-Florestal e de Desenvolvimento Rural do Entre Douro e Mondego foi constituída, por escritura pública notarial em 26 de Junho de 2009, por vontade dos sócios fundadores, como resposta à falta de informação e de apoio técnico verificada no Sector Primário, por toda a Região, em particular na agricultura, pecuária e setor florestal.

A zona da atuação possui características diversificadas a todos os níveis (edafo-climáticas, sociais, culturais, económicas e ambientais).

Distinguimos duas regiões que se interligam:

A Norte, com uma estrutura agrícola minifundiária, policultural, predominam as seguintes culturas e atividades pecuárias:

§  Culturas temporárias, nomeadamente o milho (para grão: ciclos curtos; para forragem e silagem: ciclos médios e longos), batata, forragem outono/inverno, hortícolas ao ar livre em pequenas áreas e em estufas e cereais praganosos de inverno, em pequenas áreas na zona de montanha;

§  Culturas permanentes diversas, especialmente frutícolas e pastagens (incluindo os lameiros), normalmente associados a pequenas áreas de socalcos ou terraços e em zonas com características de maior humidade;

§  Vinha que se reveste de alguma importância nos seguintes concelhos que integram a região demarcada dos vinhos verdes (Castelo de Paiva, Arouca e Vale de Cambra), onde existe uma cooperativa vinícola responsável pelo escoamento da produção;

§  Bovinos de leite e carne estabulados, semi-estabulados ou em regime extensivo, representados por explorações de variadas dimensões;

§  Bovinos de raça autóctone Arouquesa para carne, em regime extensivo;

§  Ovinos e caprinos de aptidão para carne, leite ou mistos, de diferentes raças nas regiões de montanha da Serra da Freita, Gardunha e Montemuro.

Associada à agricultura de minifúndio está uma economia familiar, maioritariamente de subsistência, onde a produtividade é mediana e os custos altos, pelo que os rendimentos unitários tendem a ser baixos.

A Sul predomina a agricultura intensiva, na região do Baixo Mondego, em transição com a zona intermédia de Bairrada e Litoral.

§  Culturas temporárias intensivas, como o milho-grão, arroz e hortícolas ao ar livre e em estufa, predominantes no Baixo Mondego;

§  Culturas permanentes diversas, especialmente frutícolas;

§  Vinha da região demarcada da Bairrada, onde existem várias cooperativas vinícolas responsáveis pelo escoamento da produção;

§  Bovinos de leite estabulados em explorações de média e grande dimensão, distribuídas pelo litoral, desde a Figueira da Foz a Ovar.

§  Milho-silagem e forragens de outono/inverno, para alimentação animal;

§  Culturas hortícolas ar-livre de carácter menos intensivo (hortas familiares);

§  Culturas permanentes, especialmente frutícolas;

§  Bovinos de Raça Autóctone “Marinhoa” para carne e aleitamento;

A grande maioria das freguesias da região estão classificadas como “Zona Desfavorecida” e “Zona de Montanha”, Na região norte serão cerca de 80% das freguesias e a sul serão mais de 60%.

§  Ecologicamente a área social da Associação abrange predominantemente a zona Basal Atlântica e a zona Submontana Subatlântica.

§  O Espaço Florestal é caracterizado por floresta de produção mista de pinheiro e eucalipto. Nas zonas frescas e junto aos principais cursos de água - que são abundantes na região -, predomina o bosque de carvalhos, freixos e outras ripículas.

§  A região engloba as Serras de Freita, Gardunha, Montemuro.